Thursday, September 25, 2008

foto não

E Pietro continua encatarrado. Culpa da escola, claro. Apesar de eu não estar permitido que ele toe banho na escola, posso imaginar o que nego não deve aprontar de deixa-los pegando golpes de ar, sem body, sem casaco, com pe descalço... acho que se eu me escondesse pra olhar, nunca mais deixava ir pra escola. Não sei se dou um tempo, deixo ele uns dias em casa pra ver se melhora essa catarrada toda. De noite ele tosse a beça. Pelo menos esta comendo super bem, tanto na escola como em casa. Menos mal. Está gordinho que parece um toucinho. Agora chegou a fase da foto escolar. Sabe aquelas fotos pela-saco em que a criança sai com cara de pastel 100% das vezes? E você ainda tem que pagar por isso. Ai que saco. E as mães todas acham aquilo liiindo. Então, eu que não gosto e não estou interessada no assunto, me sinto obrigada a fazer. Sim porque se não fizer, vão começar a achar que sou mão de vaca ou mãe desnaturada. Muita gente por aí acha que ser boa mãe é isso, fazer essas babaquices todas e depois ficar mostrando por ai, fazer uma festinha de arromba, emperequetar a criança toda... não, pra mim boa mãe é a que faz companhia pra criança, acorda de noite, compreende, educa, tem paciencia, repreende, .. enfim... não que eu seja boa mãe. Ainda tenho muito o que errar. Mas fazer foto na escola eu tô fora. Já sei: vou fazer o Pietro faltar bem nesse dia. Pronto!

1 dia = 1 semana

Conforme já previa, eu sofri muito mais que Pietro. Na verdade meus primeiros dois dias foram ótimos. Leve, livre e solta em NY. Mas depois a coisa começou a ficar ruim. Para não sofrer comecei a evitar de pensar no Pietro. Nos últimos dias eu já não aguentava mais e não via a hora de sair correndo daquela cidade. Ficava pensando tadinho do Pietro que devia estar sentindo falta da mamãe que de uma hora pra outra some e não volta mais. Que ele não devia estar entendendo nada, que devia estar sofrendo, etc... A verdade é que eu acho que crianças pequenas assim não tem nenhum senso de tempo. Pra eles um dia ou uma semana da na mesma. E então, seguindo o que todos dizem, Pietro no fim das contas não sofreu nada. Ficou numa boa e nem aí pra ausência da mamãe. Mas quando cheguei ele estava dormindo e quando acordou chamando "mamãe" e eu fui lá falar com ele, ficou tão feliz!

Depois de ganhar o tão esperado trator ele encheu a mala de brinquedos e disse "tchau mamãe, vou viajar".

Wednesday, September 10, 2008

Na pousada

essa viagem foi totalmente sem planejamento, já que a previsão era de chuva. mas quando amanheceu com céu azul, liguei pra pousada, reservei o quarto e nos picamos. Valeu a pena!












Nessa foto estão os dois vendo a formiguinha passar. Num lugar bem seguros, claro


Tuesday, September 09, 2008

Correndo muito

totalmente sem tempo pra atualizar o blogger e colocar as fotos da viagem. Tanta coisa pra fazer que nem sei por onde começar. Então estou fazendo a lista de coisas pra baba colocar na bolsa do Pietro, pois no findi o carlos se manda pra buzios com o menino... ai meu são crispin. E as minhas recomendações de nao dar banho de mar nele, não pegar vento, não isso, não aquilo. Afinal ele está saindo de uma mega gripe horrivel que pegou. Não pode ter recaida. Mas acho que sair de casa vai ser melhor pros primeiros dias sem a mamãe.
Bom, vou correr e na volta posto fotos da viagem

Thursday, September 04, 2008

It´s not easy

Falta uma semana pra minha viagem. Quando penso que vou ficar 1 semana sem ver meu filho me dá vontade de desistir. Qual será a forma certa de prepara-lo pra isso? Cheguei a pensar que deveria ir me afastando pra que ele gradualmente fosse se acostumando a me ver menos, a ficar mais com a baba. Depois, conversando com uma amiga, acho que isso seria pior. Preciso estar bem próxima pra dar bastante segurança pra ele e ir conversando sobre a viagem. Explicar que vou ficar fora, mas que volto. Deve ser muito difícil pra uma criança de 2 anos ficar de repente sem a mãe por perto. Ainda mais Pietro que é tão grudinho comigo. Sim, pois tem criança que se está com a babá tudo bem, mas Pietro (ainda bem) não é assim tããão colado em babá. Well... tá certo que mudamos recentemente de babá; ele era mais apegado a outra,mas é uma questão de tempo.

Fico imaginando como vai ser quando ele acordar de manhã me chamando sem parar, já que só sossega quando eu entro no quarto. De madrugada também, é mamãe, mamãe... Ai que difícil que vai ser pensar nele sentindo minha falta sem entender o que está acontecendo.

Dois!

Um assunto que eu venho adiando é ter ou não ter outro filho. Eu mesma não sabia bem... via vantagens e desvantagens em cada uma das duas situações e se botasse na balança ela ficava equilibrada. Ás vezes um lado pesava mais, ás vezes o outro.

Mas a vontade de ter o segundo filho só cresce e as desvantagens vão sumindo e só tenho cada vez mais certeza de que seria muito bom ter mais um. Tarefa bem fácil pra muitas mulheres e uma verdadeira via crucis pra mim. Começa tudo de novo, consultas, médico, remedios carissimos, inúmeras injeções, ultras, tempo que vai, tempo que vem, muito estresse e a incerteza do sucesso. No entanto eu encararia tudo novamente com a esperança de ter mais um filho.

Mas agora além dessa via crucis toda pintou mais um empecilho: o pai que não se mostra nem um pouco animado com a idéia. O que devo fazer? Me conformar com a situação e dar graças a Deus que tenho um filho lindo e maravilhoso? Sim claro, mas eu tenho muito medo de mim. Medo de depositar muitas paranóias nessa criança. Como vai ser o futuro? eu querendo proteger ao máximo o Pietro pra que nada lhe aconteça nunca? Sim, pois a medida em que filhos crescem se expõem cada vez mais aos perigos da vida. Como vai ser quando tiver 16, 17, 18 anos! Saídas noturnas num rio de janeiro cada vez mais perigoso. Jovens que dirigem feito loucos se matando por aí...

Assim como meu pai, sou uma pessoa que tende sempre a pensar nas tragédias. Ele sempre dizia "myriam, a nancy um dia desses vai aparecer grávida em casa" Isso quando eu tinha meus.. 17, 18, 19 anos. Sim, essa parecia ser uma das maiores tragedias pro meu pai. Coitado... mal sabia ele que desse "mal" eu não sofreria tão cedo. E eu que sou tão igual a ele, já me vejo querendo impedir que Pietro saia com os amigos à noite com tantos perigos que nos cercam. Mudar pra um país mais seguro não seria nada mal.

Mas enfim, eu tenho muito medo de ter medo e que esse medo vire uma paranóia e não me deixe deixar o Pietro viver a vida. E aí me pergunto "sim, mas um segundo filho amenizaria isso?" Acho que sim. Não acabaria com ele de jeito nenhum, mas da uma suavizada. FAz com que o medo, a paranóia seja dissipada. Faz com que o foco seja dividido. Além disso deve ser tão ruim vc não ter um irmão pra dividir as coisas, os fatos familiares, os momentos bons, os momentos difíceis. Deve ser realmente muito ruim. E então, como fazer pra convencer o pai do Pietro que seria bem melhor pra família mais um?